Sem aliança, PT e PSB negociam pacto de neutralidade
Conselho petista admitiu que chance de
aliança com pessebistas
é remota
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/07/sem-alianca-pt-e-psb-negociam-pacto-de-neutralidade.shtml
Partido confirma que está tentando fazer ALIANÇA com outro partido, o que é comum, principalmente em nosso país. Os países se lambem, embolam e embrulham no período pré eleitoral, e brigam logo depois.
https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/07/21/boulos-candidato-psol.htm
Fernando Martins
Um dos maiores
problemas políticos no Brasil é a aliança partidária. Essa brecha na legislação eleitoral permite distorções,
conchavos e acordos que acabam atrapalhando a análise dos candidatos pela
população. Como entender que partidos que têm oficialmente propostas distintas,
às vezes completamente opostas, se unam para vencer uma eleição? Como aceitar que um candidato num pleito
seja oposição e noutro situação? Como assimilar que numa esfera o
postulante a um cargo é governo e noutra é oposição?
Em nome do poder,
as cartas de princípios das legendas são esquecidas ou muitas vezes rasgadas. Bandeiras históricas das siglas são
mandadas às favas. E o eleitor que entenda esses disparates. O que vemos é o velho jogo de escolher o candidato
ignorando qual partido ele pertence atualmente. Usando uma metáfora
futebolística tão ao gosto do ex-presidente L---, os políticos brasileiros são
iguais àqueles jogadores que beijam o símbolo do clube e fazem juras de amor
eterno num dia e no outro já estão repetindo os mesmos atos no time rival.
Como criticar o
eleitor que escolhe o candidato porque ele é bonito, ignorando o pouco ou quase
nenhum conteúdo do político? Como fazer a população entender que para se manter
no poder, ou para assumi-lo, um partido abre mão de lançar um nome ao posto em
jogo? Os políticos têm a respostas na ponta da língua: faz parte do jogo democrático. Errado. O jogo político jogado no Brasil
é o de confundir para não mudar. É o de menosprezar a inteligência do eleitor.
É o de desvalorizar o voto da população.
Temos oficialmente
no país 29 partidos políticos. Se a legislação obrigasse cada legenda a lançar
candidatos para todos os cargos em disputa num pleito, possivelmente muitas
seriam extintas. Algumas siglas nasceram por causa de dissidências em outras. O
político não consegue espaço num partido? Não tem problema, ele arregimenta
outros colegas e cria uma nova agremiação. Ideologia? Besteira. Ele não precisa
ser de esquerda, de direita ou de centro, basta ter um cargo público para ser
atraente. A verba do fundo partidário ajuda a manter a estrutura. Se fizer uma
boa aliança eleitoral então, é o que basta para a legenda lotear uma
secretaria/ministério, com os cargos distribuídos entre os partidários. Vale tudo.
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