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sábado, 18 de agosto de 2018

Eleição depende de desfecho rápido no caso de ...



...  UM PRESIDIÁRIO QUE PRETENDE CONCORRER À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. 

Provavelmente ele (o presidiário que já foi presidente um dia) pretende acabar com o que havia começado a fazer: colocar o país no meio do lamaçal. Nem isso soube fazer direito! Nem ele nem sua substituta, afastada do cargo por impeachment.


Não se pode menosprezar a capacidade de a defesa 
do ex-presidente “fazer o diabo” — termo de Dilma Rousseff —, nessas circunstâncias.



A decisão sobre o registro da candidatura não pode, porém, deixar de seguir os ritos previstos
  
EDITORIAL  O GLOGO 18/08/2018 0:00

Conforme costuma agir o PT — dentro de uma tática, aí sim, de lawfare, guerra judicial —, a candidatura tríplex de L--- foi registrada, com Fernando Haddad de vice e Manuela D'Ávila, do PCdoB, de reserva, para abrir mais um round judicial.

O partido e aliados desrespeitam a clareza com que a Lei da Ficha Limpa torna inelegível o ex-presidente (atualmente um mero presidiário), por ter sido condenado em duas instâncias, nas acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, no processo do apartamento do Guarujá.

O partido — sob comando do próprio L---, de sua cela em Curitiba, convertida em comitê eleitoral — segue a aplicação do plano de estender ao extremo essa discussão, a fim de que o presidiário L---, com a candidatura sub judice, possa fazer campanha ao lado de Haddad.

O ideal para petistas é que L--- apareça na urna, mesmo que a candidatura venha a ser cassada depois. Seria o golpe perfeito: as pessoas votariam com a cara de L--- na tela da urna, mas dariam o voto a Haddad. Um estelionato.

Anuncia-se que a equipe de defesa de L---, que já demonstrou sua inventividade, prepara-se para entrar com recursos em série nas Cortes superiores. Além do TSE, no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo (STF).

O objetivo seria estender o conflito jurídico até 17 de setembro, limite para a substituição de L--- por Haddad e deste por Manuela. Caso isso ocorra, terá sido bem-sucedida a manobra de confundir (*) Haddad com L---. Pelo menos é o que acham petistas. Se dará certo, só esperando.   (*) Eleitores que votarão num presidiário não precisam de mais nada para serem confundidos. Já são confusos, por natureza. 

Não se pode menosprezar a capacidade de a defesa do ex-presidente “fazer o diabo” — termo de Dilma Rousseff —, nessas circunstâncias. O pedido de habeas corpus entregue numa sexta-feira, no fim do expediente, em Curitiba, para um desembargador ex-companheiro libertar L--- demonstra a que ponto chega a falta de escrúpulo.

Segundo a legislação eleitoral, elaborada sem que fosse prevista tamanha desobediência a um poder da República, candidato eleito pode perder os votos até depois de encerrado o pleito. Se acontecer, será uma tragédia, devido à instabilidade política que causará, logo quando se precisa de altas doses de legitimidade para que os vencedores das urnas de outubro aprovem no Congresso difíceis e cruciais medidas para evitar uma hecatombe fiscal de consequências inimagináveis. L--- tomou o país de refém e pede de resgate que se rasguem todas as fundadas denúncias contra ele.

O afunilamento do atual capítulo desta história aponta para o dia 31, sexta-feira, como uma data-limite, por ser o início da propaganda eleitoral no rádio e na TV. O melhor para o Brasil é que tudo esteja resolvido até lá.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem esta preocupação. Tudo indica que o relator do caso, ministro Luís Roberto Barroso, também. Não se pode perder tempo, mas é imprescindível cumprir os ritos legais.





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