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https://jornalggn.com.br/noticia/carta-aberta-aos-ministros-do-supremo-por-luis-nassif
Marcelo Rates
Quaranta
"Eu quero
agradecer, em meu nome e em nome de todas as pessoas comuns, cidadãos simples
do meu país como eu, pelas últimas decisões tomadas pelo nosso egrégio Supremo
Tribunal Federal.
Sim, O Supremo fez
de nós pessoas melhores do que pensávamos ser.
Quando olhávamos
aqueles ministros sob suas togas, com passos lentos e decididos, altivos,
queixos erguidos, vozes impostadas ditando verdades absolutas e supremas,
envoltos numa aura de extrema importância e autoridade, nos sentíamos pequenos,
minguados e reles plebeus diante de uma corte que beirava o sublime, o inatingível
e o intangível.
Com essas decisões
o Supremo conseguiu fazer com que a minha percepção sobre mim e sobre nós,
mudasse. eles no são deuses. São pessoas tão pequenas e tão venais, que
qualquer comparação que eu faça de mim e de nós em relação a eles, seria
desqualificar-nos a um nível abissal.
Tudo aquilo é
fantasia, tudo aquilo é pose e tudo aquilo não passa de um teatro, mas nós
somos reais.
Foi aí que eu vi
quanto somos mais importantes que eles! Enquanto as divindades supremas
encarnam seus personagens de retidão e lisura, mas com suas decisões abduzem a
moral Ee destroem o país (e de quebra a reputação do Judiciário), nós
brasileiros comuns e sem toga trabalhamos arduamente dia e noite para construir
o país, ou pelo menos para minimizar os danos que eles provocam.
Então… Como é que
um dia eu pude vê-los como sendo superiores a nós? Eu estava enganado. Nós
somos muito superiores a eles, mesmo sendo Zés, Joãos, Marias, Desde o pequeno
ambulante ao médico ou engenheiro. Nós somos as verdadeiras autoridades, porque
nossa autoridade não foi conferida (OU AINDA CONFISCADA) por um político
malandro capaz de tudo com uma caneta.
Nossa autoridade nos foi dada pela nossa
força de continuar tentando fazer um Brasil melhor.
Fico sinceramente
com pena é dos advogados, que são obrigados a chamar esses ministros de
excelência, ainda que com a certeza de que não há excelência alguma nos
serviços que eles estão prestando à Nação. Acho que deve ser o mesmo sentimento
de ser obrigado a chamar o cachorro do Rei de “My Lord”.
Agora eu sei o
qwuanto somos bem maiores que eles, mesmo sem aquelas expressões em latim e
doutrinas rebuscadas cheias de pompas e circunstâncias, Que no final significam
apenas passar perfume em merda.
Se há alguém
realmente importante no Brasil, esse é o excelentíssimo povo brasileiro, que
apesar de tudo é obrigado a sentir o mau cheiro que vem da grande corte, e
mesmo com náuseas e ânsia de vômito, tem que acordar às 5 da manhã pra fazer
aquilo que eles não fazem: produzir.
Obrigado, Supremo,
por nos mostrar que hoje o rei sou eu e o meu povo”
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