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domingo, 10 de dezembro de 2017

Antigamente, tudo era diferente!


Antigamente, mas muito antigamente, tudo era mais elaborado e cheio de rococós que davam um trabalho danado.  Agora, talvez por pressa, tudo é muito ... "clean".

Pena não se fazer mais nada igual ou parecido. Também não se dá valor às coisas feitas com tanta arte, que são vistas como coisas antigas e pertencentes a um passado já remoto.

No outro dia um garoto foi colocado diante de um  antigo telefone.  Ao invés de discar, ele clicava com o dedo em cima dos números que não o obedeciam. O telefone  "velho" não funcionou! Em outra ocasião, uma menina desenhou uma casa e a entregou à professora, que pediu que desenhasse uma maior.  Ela fazia aquele gesto virtual e a casa não aumentava; insistia e nada... até que a professora explicou a ela que não resolveria ficar querendo que a casa crescesse graças a seus dedinhos; teria que desenhar outra. Como nossos pais ou avós conseguiam viver uma vida  complicada como aquela?

As geladeiras duravam 'até nossa morte'.  O mesmo podemos dizer sobre diversos eletro-domésticos.  E os aquecedores que duravam uma eternidade? Acho que não havia aquela vontade doentia de ganhar mais, vendendo mais, embora de pior qualidade. 

Curioso é que as pessoas não precisavam enganar otários vendendo algo com pouca durabilidade para arrecadar mais. Era preciso ter criatividade e determinação, ganhar  credibilidade, coisas que passaram a ser desnecessárias na maior parte dos casos.  O pior é que não temos mais opção e precisamos consumir o que nos é imposto,  mesmo sabendo que aquilo não vai durar o tempo que deveria.

Como principalmente a  credibilidade  está em extinção  (pelo menos aqui no Brasil),  e a nova moda é fazer coisas  cleans,  os rococós deixaram de ser motivo de competição. 


Tudo o que era comprado 'morria com a pessoa'

ou sua existência continuava em outro lugar.

Hoje, morre muito antes que seu dono
e precisa de outro para substituí-lo.




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