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segunda-feira, 19 de março de 2018

O incerto amanhã



Se algum dia eu soubesse que nunca mais veria você apenas dormindo, eu lhe daria um abraço mais forte e pediria a Deus para acolher a sua alma. Se eu soubesse que seria a última vez a ver você saindo para a rua, eu lhe daria um beijo e o chamaria para dar mais um. Se eu soubesse que seria a última vez a ouvir sua voz elevando uma prece, eu gravaria cada movimento e cada palavra, para revê-los depois todos os dias. Se eu soubesse que seria a última vez que eu poderia parar mais um ou dois minutos para dizer-lhe “gosto de você” eu diria, ao invés de deixar que você presumisse. Se eu soubesse que hoje seria o último dia a compartilhar com você, tenho certeza de que o sentiria muito mais intensamente em vez de deixá-lo simplesmente passar.



Sempre acreditamos que haverá o amanhã para corrigir um descuido e para ter uma segunda chance de acertar. Será que haverá sempre um outro dia para expormos nossos sentimentos? Haverá sempre uma chance para dizer “posso fazer alguma coisa por você?”

O amanhã não é garantido para ninguém,
seja para jovens ou mais velhos, e
hoje pode ser a última chance de abraçarmos aqueles que amamos.

Então, se estamos esperando pelo amanhã,
por que não agirmos hoje?

Assim, se o amanhã nunca chegar, não teremos arrependimento de não termos aproveitado um momento para um sorriso, para um abraço, para um beijo, uma gentileza, porque estávamos muito 'ocupados' para dar a alguém o que poderia ser seu último desejo.
Abracemos hoje aqueles que amamos, sussurremos em seus ouvidos, dizendo-lhes o quanto nos são caros e que sempre os amaremos. Encontremos tempo para dizer: “Desculpe-me”, “Perdoe-me”, “Obrigado”, “Eu perdôo você”.

Sempre há tempo para amarmos
e se não houver amanhã, também não haverá remorsos de hoje para carregarmos.


Se Eu Soubesse - Silvia Schmidt



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