"Se você está chocado com a falta de refinamento de Jair Bolsonaro, melhor já ir se acostumando. Temos ainda três anos e dez meses de mandato pela frente e ele NÃO vai mudar.
Jair Bolsonaro é despudorado, sem educação, fala o que pensa, não mede as palavras, é rude, grosso, tosco, desavergonhado, estabanado, grosseiro. E exatamente por isso foi eleito.
Os brasileiros poderiam ter optado por Alckmin ou Meirelles, teoricamente mais bem preparados.
MAIS BEM PREPARADOS, POLITICAMENTE FALANDO.
Brasileiros já trocaram até o 'de bagus plenus' por 'de saco cheio'. Não suportam mais ver políticos comendo cachorro quente para conseguir votos, se fingir de pobre e oprimido para conseguir votos, falar ao povo para conseguir votos, só aparecer nas ruas em época de campanha eleitoral... para conseguir votos.
Tudo eles fazem... para conseguir votos.
CHEGA DE TANTA TAPEAÇÃO !
BOM MESMO É AÇÃO!
Mas todo mundo sabe que Alckmin e Meirelles perderam a eleição por serem muito mansos, muito educados - quando o momento pedia um braço de ferro para desinfetar o petismo das entranhas do governo.
OS ELEITORES BRASILEIROS
PODERIAM TER ESCOLHIDO A HIPOCRISIA.
MAS NÃO FOI ISSO QUE FIZERAM.
O jeito de Jair Bolsonaro não é surpresa para ninguém. Ou já se esqueceram dos embates com Bonner e Renata no Jornal Nacional, com Miriam Leitão na GloboNews, ou com Maria do Rosário ou Jean Wyllys no Congresso Nacional? Esse é Jair Bolsonaro.
No segundo turno os brasileiros poderiam ter escolhido a fala educada, o jeito refinado e a elegância de Haddad. Mas não estavam dispostos a eleger ninguém da laia do PT para serem roubados descaradamente enquanto ouviam um papo legal de alguém com um sorriso no rosto.
Jair Bolsonaro não vai fazer grandes discursos. Não será lembrado por grandes pronunciamentos. E provavelmente vai continuar chocando quem achava que ele se transformaria em um príncipe encantado assim que colocasse os pés na presidência. Haverá alguns sobressaltos no caminho, que passam tão logo a gente se lembra de qual era a outra opção."
Acostume-se.
Jair Bolsonaro não é Obama, é Rambo.
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