Se teve uma coisa que a vida me ensinou, cobrando caro e dando muita porrada, é que quando agimos no desespero, tomamos "trolha".
Não lembro, em momento algum, do eleitorado petista cobrando, incansavelmente, o L---. "E aí? O socialismo vem quando?", "Semana que vem já vamos desapropriar os meios de produção?", "Já pode começar a fuzilar a burguesia?"...
A esquerda tinha um plano de poder. Foram mais de 50 anos para coloca-lo em prática. Enquanto os militares combatiam armas, os Marxistas combatiam sozinhos em outras trincheiras. Não começaram tomando propriedades. Tomaram as artes, as escolas, a imprensa. Por mais de 5 décadas, fizeram a revolução cultural.
Se, hoje, não estamos tomados pelo socialismo, devemos à pressa do PT. Adiantaram o passo, pesaram a mão. Como esquerda declarada, abriram o jogo e despertaram a população.
Se tivéssemos nos mantido na ideologia fabiana do PSDB, provavelmente, perceberíamos tarde demais o buraco que teríamos nos enfiado. Os tucanos têm calma.
Hoje, passados 3 meses de governo, vemos uma direita irascível, querendo providências para ontem.
Absolutamente alheios à Constituição, exigem mudanças que, em muitas vezes, nem são da competência do Executivo.
Esquecem-se do poder do Congresso, do aparelhamento do judiciário, da dominação Marxista na educação.
Informam-se pela extrema-imprensa e esperam milagres de um presidente que nem teve tempo, ainda, de esquentar a cadeira.
O cansaço do povo é absolutamente compreensível, mas o imediatismo só atrapalha. Pressa não é sinônimo de dinamismo. Velocidade não é sinônimo de eficiência.
Independente da ansiedade popular, o momento exige calma.
Grandes projetos, como a reforma da previdência e o pacote anti-crime, já foram apresentados. A previsão de investimentos no mercado nacional é crescente e temos, pela primeira vez, a possibilidade real de um programa espacial.
Começamos a nos virar para o lado certo da diplomacia. Deixamos a mentalidade de sermos os "reis do lixo", nos sentindo os líderes terceiro mundistas, por só nos relacionarmos com anões do mapa, e passamos a estreitar laços com grandes potências, que têm muito a nos oferecer.
Tudo isso, porém, passa pelo Congresso. Enquanto Maia faz birra por "articulação" (?) , deixando parados os projetos de Moro e Guedes, o senador Ranolfe Rodrigues colhe assinaturas para barrar a liberação de visto turístico, acordada em viagem aos EUA, e Henrique Fontana e Paulo Teixeira apresentam uma PEC "anti-Mourão", já preparando para uma queda do Executivo.
Os inimigos não dormem. Para eles, a coisa menos importante é o progresso do Brasil. Pelo contrário. Quanto pior, melhor. O insucesso de Bolsonaro é o caminho mais rápido para que retornem ao poder.
Somos adultos. Já passou da hora de pararmos de agir como crianças, fazendo birra e esperando um salvador da pátria milagroso. Já passou da hora, também, de ficarmos envergonhados de apoiar o presidente que elegemos, por medo de nos compararem à militância petista.
Se queremos nos distinguir da massa vermelha, devemos parar de nos perguntarmos "o que o país vai fazer por nós" e descobrirmos O QUE PODEMOS FAZER PELO PAÍS.
O Brasil PRECISA de nosso apoio e paciência.
"Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo e bem feito."
(PITÁGORAS)(Felipe Fiamenghi)
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