... tivemos a certeza (1) de que três dias (quarta, quinta e sexta) após um feriado prolongado podem decidir o futuro de uma nação. E o seu (NOSSO) futuro como cidadão brasileiro.
Dessa vez, a “bomba da semana” não ficou por conta do coronavírus. Se semana anterior Bolsonaro demitiu Mandetta em um “divórcio consensual” (segundo as palavras do presidente), o mesmo não se pode dizer quanto à saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Moro pediu demissão do cargo na manhã de sexta-feira (24) após a exoneração do diretor da Polícia Federal, Maurício Valeixo, que apareceu no Diário Oficial da União. Detalhe: Valeixo era homem de confiança de Moro e sua exoneração era um desejo antigo do presidente.
E o primeiro impacto já aconteceu no bolso de milhares de brasileiros: a Bolsa despencou e o Dólar disparou, confira os índices em nosso site (2).
► O jogo virou
Boatos já vinham circulando sobre a saída de Moro na quinta-feira. Mas a repórter Kelli Kadanus, correspondente da Gazeta do Povo em Brasília (3), apurou que ministro e presidente tentaram chegar a um nome de consenso na noite anterior à exoneração de Valeixo. Não foi o que aconteceu. Bolsonaro simplesmente resolveu demitir o então diretor da PF. E Moro não aceitou, chegando a dar a seguinte declaração:“Ficou claro que haveria uma interferência política na Polícia Federal. Eu falei isso para o presidente, e ele disse que seria mesmo [uma interferência política]. Foi ventilado um nome de um delegado que passou mais tempo no Congresso do que na ativa na Polícia Federal, e o diretor da Abin”, afirmou.
Diversas foram as reações de políticos e autoridades após a saída do ministro Sergio Moro. Apenas para citar um exemplo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso opinou: “Bolsonaro está cavando sua fossa". "Que renuncie antes de ser renunciado", afirmou. Nós levantamos (4) as principais reações à saída de Sergio Moro e também acompanhamos (5) como os principais veículos da imprensa internacional reagiram à notícia. Clique nos links e fique por dentro!
► Bolsonaro pode responder por 5 crimes
Moro disse que Bolsonaro queria um nome que pudesse “ligar, colher informações e relatórios, o que não é o papel da Polícia Federal”.
Direto de Brasília, os correspondentes Kelli Kadanus e Olavo Soares entrevistaram juristas das áreas de Direito Constitucional e Criminal. E os especialistas alertam: o presidente pode responder a, pelo menos, cinco crimes devido à acusação de interferência na Polícia Federal: A Gazeta do Povo explica “tim tim por tim tim” por que Bolsonaro pode responder por crime de responsabilidade, falsidade ideológica, prevaricação, advocacia administrativa e obstrução de investigação (6).
► Guerra de Versões
Em pronunciamento durante a tarde de sexta (24), o presidente Jair Bolsonaro buscou se defender das acusações de Moro. Ele disse que não é verdade que tentou interferir ou tentou saber sobre investigações realizadas. E como a Gazeta do Povo (7) apurou na quinta-feira (24), confirmou que conversaram sobre uma troca na diretoria da PF.
O presidente ainda chegou a rebater Moro com uma pesada acusação: “Falou que eu poderia trocar o Valeixo depois de novembro, quando o indicasse (Moro) para o Supremo Tribunal Federal [quando o decano Celso de Mello atinge a idade limite para a aposentadoria compulsória]. Mas não é por aí. É desmoralizante ouvir isso. Mais ainda externar”, reclamou Bolsonaro. Mas é bom lembrar: o próprio presidente disse em 2019 que indicaria Moro “para a primeira vaga que abrir no STF” . Moro também rebateu Bolsonaro e diz que nunca condicionou permanência de diretor da PF à indicação para STF.
► Nossa visão sobre essa crise
A Gazeta do Povo (8) não poderia se omitir. É preciso se posicionar diante de uma situação tão séria. Afinal, em um ato de envergadura ímpar, que terá consequências importantíssimas para o país, o agora ex-ministro Sergio Moro expôs os embates finais com o presidente Jair Bolsonaro que levaram ao seu pedido de demissão do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Clique e confira agora nosso editorial (9): A grandeza de Moro e a indignidade de Bolsonaro.
► Não esquecemos o coronavírus
Iniciado por Bolsonaro na quinta-feira (24), o embate no Planalto ocorreu praticamente ao mesmo tempo em que o Ministério da Saúde atualizava os números do coronavírus no Brasil com recorde de mortes em 24 horas: 407 no total, de quarta para quinta. O patamar é próximo ao índice da Itália na quinta-feira e maior que o da Alemanha . Ainda que essas nações sejam proporcionalmente menores e com menos habitantes, elas chegaram ao pico da pandemia e tentam se recuperar pouco a pouco.
QUANTOS SE RESTABELECERAM?
De terça para quarta-feira haviam sido 165 óbitos no Brasil por Covid-19. E na sexta-feira tivemos outro número muito alto, e que preocupa: ultrapassamos a marca de 50 mil casos da Covid-19. De quinta para sexta-feira foram registradas 307 mortes.
QUANTOS SE RESTABELECERAM?
Isso nos leva (a) uma conclusão: precisamos acompanhar a crise política de perto sem esquecer da saúde dos brasileiros. Aqui na Gazeta do Povo (10) temos o compromisso de fazer essa triagem de informações e divulgar para nossos leitores subsídios precisos sem nos precipitarmos e causar pânico, favorecendo, assim, a tomada de decisão de cada um de nossos leitores.
QUANTOS SE RESTABELECERAM?
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QUANTOS SE RESTABELECERAM,
DEPOIS DE CONTAMINADOS PELO VÍRUS IMPORTADO
é uma notícia não muito divulgada
Entre as pessoas que se restabeleceram
está a irmã de um amigo nosso que nunca foi 'contabilizada'.
Ou seja, contabilizados ou não,
não podemos confiar nos números
que nos são apresentados.
(1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11) no artigo acima a autopropaganda se evidenciou onze vezes.
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